terça-feira, 5 de dezembro de 2017

ORIGEM

 
Autor: Dan Brown
 
Título original: Origin
 
 
 
 
 
Sinopse: Robert Langdon, professor de simbologia e iconologia religiosa da universidade de Harvard, chega ao ultramoderno Museu Guggenheim de Bilbau para assistir a um grandioso anúncio: a revelação da descoberta que «mudará para sempre o rosto da ciência.» O anfitrião dessa noite é Edmond Kirsch, bilionário e futurista de quarenta e dois anos cujas espantosas invenções de alta tecnologia e audazes previsões fizeram dele uma figura de renome a nível global.
Kirsch, um dos primeiros alunos de Langdon em Harvard, duas décadas atrás, está prestes a revelar um incrível avanço científico… que irá responder a duas das perguntas mais fundamentais da existência humana. No início da noite, Langdon e várias centenas de outros convidados ficam fascinados com a apresentação tão original de Kirsch, e Langdon percebe que o anúncio do amigo será muito mais controverso do que ele imaginava. Mas aquela noite tão meticulosamente orquestrada não tardará a transformar-se num caos e a preciosa descoberta do futurista pode muito bem estar em vias de se perder para sempre.
 
 
Dan Brown está de volta para mais um thriller frenético, cheio de revelações e um professor de Harvard.
 
Como sempre, Dan Brown utiliza, e bem, a mesma fórmula dos livros anteriores: Langdon terá de desvendar um brutal segredo enquanto alguém ou alguma organização o tenta deter. Pelo meio, a ajuda de uma bela mulher. Até aqui tudo normal, com o autor a explorar novos conceitos tecnológicos como, por exemplo, a inteligência artificial, um tema que me agrada bastante quando bem explorado.
 
Desde cedo se percebe que Dan Brown continua igual a si mesmo, quer a estruturar os seus capítulos, quer a escrever a ação ou a apresentar personagens. Com isto, a verdade é que se torna mais fácil perceber quando o autor nos está a tentar enganar. É mais fácil perceber a trama e o que irá acontecer. A isto alia-se o facto, inegável, de que este livro tem menos enigmas do que os anteriores, tornando o ritmo algo diferente. No entanto, é inegável que o autor sabe prender um leitor a estas páginas, e o número de vendas é a prova.
 
Com um novo conjunto de personagens interessantes, apesar de algumas se parecerem com anteriores persoangens presentes na série, o autor avançar a grande ritmo, principalmente depois de as primeiras páginas do livro serem demasiado mornas para um livro de Dan Brown. Na segunda metade o livro acelera, levando-nos a perceber uma enorme teia de acontecimentos e como tudo irá interligar-se mais à frente. A isto junta-se Langdon, uma personagem com a qual facilmente se cria uma ligação e que queremos que consiga, mesmo tendo em conta que sabemos que no final irá certamente conseguir.
 
Inteligente e frenético, Dan Brown explora o que poderá ser o futuro da humanidade e da ciência numa fase em que a inteligência artificial começa a ganhar peso. Sempre capaz de acrescentar algo que responde a uma pergunta mas que também cria várias, mantendo assim o interesse, Dan Brown é o rei neste estilo, quer se goste ou não. Nunca será considerado um escritor fantástico, mas poucos conseguem vender tanto. Apesar de continuar fiel ao que sempre foi, e talvez me tenha desiludido não sentir algo de novo na forma como o livro está montado, a verdade é que o livro prende e agradará aos fãs do autor. Para mim, é um livro superior aos dois anteriores da saga, mais coerente, mais inteligente e mais viciante, sendo recomendado a quem goste do género.
 
Luís Pinto

1 comentário:

  1. Gostei do livro, mas, tal como disse, rapidamente se percebe como vai acabar...

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